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quarta-feira, 28 de março de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
vVIAGEM À EUROPA 1998 (9.5.98 a 12 .5.98) - ALPES - 5ª. Parte. NICE (foto) (Elsa Caravana Guelman e Izidoro Soler Guelman, Leila de Fátima Caravana Ávila e Ary Lima Filho).
9.5.98: De Briançon nosso destino seria Barcelonnette pela estrada dos Alpes, mas fomos informados, pelo Turismo de Briançon, que havia novas interdições na estrada normal dos Alpes. Assim, novamente, usamos um desvio para Barcelonnette, nas proximidades de Guilestre, contornando o lago de Serre Ponçon, que não se conhecia após atingir Embrun .(D 94)
Fizemos o circuito do Tour du Lac de Serre-Ponçon, na estrada para Barcelonnette, em Sauze le Lac. Conhecemos o Parque Animalier - Espace Nature, conhecido como “La Montagne aux Marmottes” sobre uma área de 2 hectares com Museu da Fauna da Montanha ( Veados, ursos, raposas, bouquetins, javalis, pássaros da noite), Gruta Prehistórica, apresentação de Marmotas, Animais vivos. Área de pic-nics, Flora da Montanha. Foi, realmente, uma visita pedagógica e atrativa que nos permitiu conhecer a vida animal e vegetal da montanha com sua fauna e sua flora características.
À tarde, chegamos a Barcelonnette. Tivemos dificuldade em encontrar um local para o almoço. Os restaurantes estavam, em sua maioria, fechados, e só abririam para o jantar. Notamos muitos restaurantes mexicanos, porque outrora houve um deslocamento de francesess para o México. Quando prosperaram no México retornaram a Barcelonnette. Barcelonnette foi fundada no século XIII por Béranger, um conde de Provence e também de Barcelone.
Nossa próxima parada seria o Col de la Cayollle no Parque Nacional du Mercantour, nos Alpes Maritimes, na estrada dos Grandes Alpes. O Col fica a 2326 m e permite admirar um vasto panorama até os pré-alpes de Grasse. Só que, nesse dia, o gelo tomava conta de tudo. O Col religou o vale de Ubaye ao vale de Var, permitindo, com isso, um itinerário digno da estrada dos Grandes Alpes.
Havia para nós, no Col de la Cayolle, uma imensidão de gelo, uma brancura sem fim, tudo alvo, parecendo cocada crespa e suculenta para ser provada, só deixando ver o contorno da estrada, que era constantemente arrumada pelo serviço de manutenção do Col. Esta estrada foi construída em 1902 para facilitar a comunicação, pois o que havia era um mau caminho até Barcelonnette.
Assim que nos afastamos do Col de la Cayolle, deixando o manto de gelo cobrindo toda a estrada, passamos por Entraunes, seguindo-se St. Martin d´Entraunes, Villeneuve d´Entraunes, Guillaumes até Valberg numa estirada só. Como estivesse anoitecendo, pernoitaríamos ao acaso, num local perto da estrada, o que realmente ocorreu quando, saindo de uma curva fechada, deparamo-nos com um pequeno povoado em meio à vegetação verde. De longe, na mira dos nossos olhos, protegido pela distância, o povoado nos pareceu diminuto e ainda menor com as cores do anoitecer.. Era Beuil!
Na época não sabíamos, mas agora sabemos que Beuil está a 77 km. de Nice pela RNN 202, a D 28 ou D 2202. Beuil é arrondissement de Nice, do Departamento de Alpes Maritimes (06), da Região Provence-Allpes-Côte d´Azur, com uma população de 334 h, ocupando uma superfície de 7.565, numa altitude de 1.454 m. A cidade não nos chamou à atenção de imediato apesar de estar no mesmo nível de tantas cidades já vistas e admiradas. Era mais uma boa cidade, bem conservada e com capacidade para atender quem precisasse pernoitar. Ela se concentrava mais à beira da estrada. No passado foi escolhida por barões e pessoas ilustres e foi berço dos Grimaldi.
À noite, no restaurante de um pequeno, mas gracioso hotel, foi-nos servido um bom jantar. Chamava-se Escapade e pertencia à cadeia Logis.
10.5.99: Pela manhã, após o café matinal, partimos. Nosso intento era percorrer a rota dos Alpes em direção a Nice. Nesse caso, teríamos de retornar pela estradinha até Valberg e não teríamos a menor dificuldade, terminando nosso trajeto em Menton, ultima cidade da rota dos Alpes. Acho que esquecemos de ver o mapa e seguimos a primeira placa indicativa de Nice. E, sem querer e sem saber, foi feito novo desvio da rota original. Descemos pela estrada D. 28, de Beuil, contornando o circuito de Gorges du Cians, que, ao lado de Gorges de Daluis, que não conhecemos, por estar em direção contrária, é hoje internacionalmente conhecido e admirado, pelo verdadeiro espetáculo que o ímpeto das águas, “eaux fougueuses”, produzem sobre a rocha vermelha salpicada pelo branco da neve. É um espetáculo para os olhos e nos pegou desprevenidos na nossa descida. A estrada que contornou o Gorges Du Ciens, em que se percebia uma rocha esculpida de cor e formato “lie-de-vin”, uma espécie de borra de vinho que permanece no fundo das garrafas, proporcionou paisagens de tirar o fôlego, com trocas bruscas de vegetação em 800 m de desnivelamento num percurso de 15 km.. Le Cians é afluente da margem esquerda do rio Var
Em busca de novas informações, após a descida em direção ao litoral, deparamo-nos com a N 202. Foi, então, que percebemos nitidamente nosso engano e tentamos voltar em busca da estrada principal. Só que entramos em Villars-sur-Var, também arrondissement de Nice e começamos a subir. Passamos por Massoins, um pequeno povoado medieval com apenas 119 h., numa superfície de 1.213 há. Parecia preso a um rochedo, abaixo do Vale de Var. As casas eram de pedra e, como estavam refletidas pelo sol, não demonstravam dureza. Continuávamos subindo como desbravadores, numa estrada de pequeno porte, que só permitia a passagem de um carro de cada vez ( tivemos sorte de não encontrar nenhum carro em direção contrária) Chegamos a Tournefort, outro pequeno povoado, Finalmente, tomamos a decisão de voltar pelo caminho já percorrido, pegar a estrada N 202 em direção a Nice.Na verdade perdemos muito tempo nessa subida e descida
Uma placa indicava o caminho para Nice e, por esse modo, fizemos, sem o saber e sem o querer, novo desvio da rota original e descemos por uma pequena estrada de Beuil em direção ao litoral, contornando Gorges Cians. Atingimos a estrada de Var, 202, com destino à Nice, sem passar pelos Grandes Alpes. O mais interessante nisso tudo é que nos perdemos num espaço diminuto, olhando agora o mapa, mas que nos pareceu imenso em razão do nosso desconhecimento do local, ocasionando essas pequenas dificuldades de acesso rápido e pronto. Um leve engano de percurso nos levou a percorrer uma área totalmente desconhecida, que nos pareceu infinita. E isso é perfeitamente compreensível porque, de repente, a gente se sentiu perdida no meio do espesso arvoredo só sentindo a brisa amena das folhas das árvores. A ambiência seria totalmente bucólica se soubéssemos para onde a estrada nos levava, consistindo a subida num verdadeiro prazer.
( Quando percebi que a gente tinha se perdido, que aquele trajeto, por uma estreita estrada, que só dava passagem para um carro, não levaria a lugar nenhum do roteiro pretendido, comecei a observar atentamente a vegetação em busca de algum sinal de povoado. Na verdade, o carro subia cada vez mais, enfrentando curvas e mais curvas, e não se avistava nada. E pensei que ninguém, numa viagem como a nossa, tinha feito uma subida daquelas. Lembrei-me de viagens, do Rio a Brasília, passando, no sertão mineiro, por Felixlândia, por João Pinheiro e Paracatu. Aquela região poderia ser comparada ao sertão ? Acho que não. A verdade é que não havia nenhuma casa por perto, só vegetação e mais nada. No entanto, a estrada íngreme e estreita, bem cuidada, por sinal, era um indicativo da existência de um povoado numa região. Não era a região dos alpes, apesar de próxima. Não havia sequer uma placa. Talvez por não ser uma área turística. Consultei os mapas e nenhuma luz ou orientação. Bem no alto, uma placa com indicações totalmente desconhecidas. Foi aí que avistei algumas pessoas.Ouvi conversa e gente andando e depois uma grande placa de anúncio. Quando é que eu poderia me imaginar numa estrada daquela, no meio do mato, longe da civilização.E na França ? Senti o gosto da aventura, naquela subida, mas fiquei melhor quando, finalmente, me vi, por inteira, na estrada normal em direção a Nice.)
O trajeto, então, foi muito rápido. A estrada era de alta velocidade. Havia pedágio. Assim, em pouco tempo estaríamos no litoral. Invadindo, com nossa emoção, a Riviera Francesa e seus lindos e pitorescos recantos. Já tinhamos até a indicação de onde ficaríamos por 3 noites: Villefrance sur Mer, arrondissement de Nice, capital do Departamento dos Alpes Maritimes(06), da Região da Côte d’Azur.Um amigo do Ary indicara esse recanto da Riviera.
Assim que chegamos à Nice, nosso primeiro contacto foi com a orla marítima, uma sofisticada orla marítima, a “Promenade des Anglais”. Só mesmo vendo para se acreditar como é. A gente, a esta altura, nem imaginava o que iria encontrar: Villefranche sur Mer, que é, sem dúvida alguma, “un avant goût de paradis” lembra um quadro de uma natureza que se renova constantemente. Foi um dos pontos altos da viagem a escolha desse paraíso, onde permanecemos por 2 noites, no hotel La Darse. Era um hotel simples e tivemos de subir 4 andares, carregando nossas pesadas malas. Mas valeu a pena. Nosso quarto ficava de frente para o mar, que se dimensionava azul e salpicado de embarcações. Um grande navio, branco, permaneceu à nossa frente por dois dias, um navio de turistas de outras partes do mundo.
Organizamos, então, excursões a serem feitas, nas proximidades. Fomos visitar Cap. Ferrat e jantamos em St. Jean de Cap. Ferrat, depois, é claro, de contornar, de carro, as duas cidades. Apreciamos muitas mansões, em áreas totalmente residenciais. Não se via uma viva alma pelas imediações
11.5.98: De Nice, resolvemos conhecer Mônaco. A cidade estava, por inteiro, nos preparativos da corrida de Fórmula Um, que se realizaria brevemente. Mas, mesmo assim, conhecemos o Cassino e as praças principais, com seus cafés e ambientes floridos. Nesse mesmo dia, fomos a Menton, que é o término da estrada dos Grandes Alpes, que se inicia em Thonon-Les-Bains, no Lago Leman, na parte francesa. Uma breve parada na orla marítima. Não tinha a opulência de Nice. Ainda tivemos tempo para conhecer, na orla italiana, Ventimiglia e San Remo. Em San Remo observamos praias com cabines particulares.
12.5.98: Saída pela manhã de Nice. Despedimos da cidade com pesar. Resolvemos dar uma esticada até St. Tropez. Conhecemos Antibes, Juan-les-Pins, GolfeJuan e São Rafael. Cada cidade, por que passamos e paramos para fotos e filmagens, apresentava uma característica singular, própria, diferiam uma das outras. Em todas elas, porém, havia animação , flores e muita vida nas ruas e um comércio bem sofisticado.
FOTO DE NICE: butterflyinthesea.blogspot .com
9.5.98: De Briançon nosso destino seria Barcelonnette pela estrada dos Alpes, mas fomos informados, pelo Turismo de Briançon, que havia novas interdições na estrada normal dos Alpes. Assim, novamente, usamos um desvio para Barcelonnette, nas proximidades de Guilestre, contornando o lago de Serre Ponçon, que não se conhecia após atingir Embrun .(D 94)
Fizemos o circuito do Tour du Lac de Serre-Ponçon, na estrada para Barcelonnette, em Sauze le Lac. Conhecemos o Parque Animalier - Espace Nature, conhecido como “La Montagne aux Marmottes” sobre uma área de 2 hectares com Museu da Fauna da Montanha ( Veados, ursos, raposas, bouquetins, javalis, pássaros da noite), Gruta Prehistórica, apresentação de Marmotas, Animais vivos. Área de pic-nics, Flora da Montanha. Foi, realmente, uma visita pedagógica e atrativa que nos permitiu conhecer a vida animal e vegetal da montanha com sua fauna e sua flora características.
À tarde, chegamos a Barcelonnette. Tivemos dificuldade em encontrar um local para o almoço. Os restaurantes estavam, em sua maioria, fechados, e só abririam para o jantar. Notamos muitos restaurantes mexicanos, porque outrora houve um deslocamento de francesess para o México. Quando prosperaram no México retornaram a Barcelonnette. Barcelonnette foi fundada no século XIII por Béranger, um conde de Provence e também de Barcelone.
Nossa próxima parada seria o Col de la Cayollle no Parque Nacional du Mercantour, nos Alpes Maritimes, na estrada dos Grandes Alpes. O Col fica a 2326 m e permite admirar um vasto panorama até os pré-alpes de Grasse. Só que, nesse dia, o gelo tomava conta de tudo. O Col religou o vale de Ubaye ao vale de Var, permitindo, com isso, um itinerário digno da estrada dos Grandes Alpes.
Havia para nós, no Col de la Cayolle, uma imensidão de gelo, uma brancura sem fim, tudo alvo, parecendo cocada crespa e suculenta para ser provada, só deixando ver o contorno da estrada, que era constantemente arrumada pelo serviço de manutenção do Col. Esta estrada foi construída em 1902 para facilitar a comunicação, pois o que havia era um mau caminho até Barcelonnette.
Assim que nos afastamos do Col de la Cayolle, deixando o manto de gelo cobrindo toda a estrada, passamos por Entraunes, seguindo-se St. Martin d´Entraunes, Villeneuve d´Entraunes, Guillaumes até Valberg numa estirada só. Como estivesse anoitecendo, pernoitaríamos ao acaso, num local perto da estrada, o que realmente ocorreu quando, saindo de uma curva fechada, deparamo-nos com um pequeno povoado em meio à vegetação verde. De longe, na mira dos nossos olhos, protegido pela distância, o povoado nos pareceu diminuto e ainda menor com as cores do anoitecer.. Era Beuil!
Na época não sabíamos, mas agora sabemos que Beuil está a 77 km. de Nice pela RNN 202, a D 28 ou D 2202. Beuil é arrondissement de Nice, do Departamento de Alpes Maritimes (06), da Região Provence-Allpes-Côte d´Azur, com uma população de 334 h, ocupando uma superfície de 7.565, numa altitude de 1.454 m. A cidade não nos chamou à atenção de imediato apesar de estar no mesmo nível de tantas cidades já vistas e admiradas. Era mais uma boa cidade, bem conservada e com capacidade para atender quem precisasse pernoitar. Ela se concentrava mais à beira da estrada. No passado foi escolhida por barões e pessoas ilustres e foi berço dos Grimaldi.
À noite, no restaurante de um pequeno, mas gracioso hotel, foi-nos servido um bom jantar. Chamava-se Escapade e pertencia à cadeia Logis.
10.5.99: Pela manhã, após o café matinal, partimos. Nosso intento era percorrer a rota dos Alpes em direção a Nice. Nesse caso, teríamos de retornar pela estradinha até Valberg e não teríamos a menor dificuldade, terminando nosso trajeto em Menton, ultima cidade da rota dos Alpes. Acho que esquecemos de ver o mapa e seguimos a primeira placa indicativa de Nice. E, sem querer e sem saber, foi feito novo desvio da rota original. Descemos pela estrada D. 28, de Beuil, contornando o circuito de Gorges du Cians, que, ao lado de Gorges de Daluis, que não conhecemos, por estar em direção contrária, é hoje internacionalmente conhecido e admirado, pelo verdadeiro espetáculo que o ímpeto das águas, “eaux fougueuses”, produzem sobre a rocha vermelha salpicada pelo branco da neve. É um espetáculo para os olhos e nos pegou desprevenidos na nossa descida. A estrada que contornou o Gorges Du Ciens, em que se percebia uma rocha esculpida de cor e formato “lie-de-vin”, uma espécie de borra de vinho que permanece no fundo das garrafas, proporcionou paisagens de tirar o fôlego, com trocas bruscas de vegetação em 800 m de desnivelamento num percurso de 15 km.. Le Cians é afluente da margem esquerda do rio Var
Em busca de novas informações, após a descida em direção ao litoral, deparamo-nos com a N 202. Foi, então, que percebemos nitidamente nosso engano e tentamos voltar em busca da estrada principal. Só que entramos em Villars-sur-Var, também arrondissement de Nice e começamos a subir. Passamos por Massoins, um pequeno povoado medieval com apenas 119 h., numa superfície de 1.213 há. Parecia preso a um rochedo, abaixo do Vale de Var. As casas eram de pedra e, como estavam refletidas pelo sol, não demonstravam dureza. Continuávamos subindo como desbravadores, numa estrada de pequeno porte, que só permitia a passagem de um carro de cada vez ( tivemos sorte de não encontrar nenhum carro em direção contrária) Chegamos a Tournefort, outro pequeno povoado, Finalmente, tomamos a decisão de voltar pelo caminho já percorrido, pegar a estrada N 202 em direção a Nice.Na verdade perdemos muito tempo nessa subida e descida
Uma placa indicava o caminho para Nice e, por esse modo, fizemos, sem o saber e sem o querer, novo desvio da rota original e descemos por uma pequena estrada de Beuil em direção ao litoral, contornando Gorges Cians. Atingimos a estrada de Var, 202, com destino à Nice, sem passar pelos Grandes Alpes. O mais interessante nisso tudo é que nos perdemos num espaço diminuto, olhando agora o mapa, mas que nos pareceu imenso em razão do nosso desconhecimento do local, ocasionando essas pequenas dificuldades de acesso rápido e pronto. Um leve engano de percurso nos levou a percorrer uma área totalmente desconhecida, que nos pareceu infinita. E isso é perfeitamente compreensível porque, de repente, a gente se sentiu perdida no meio do espesso arvoredo só sentindo a brisa amena das folhas das árvores. A ambiência seria totalmente bucólica se soubéssemos para onde a estrada nos levava, consistindo a subida num verdadeiro prazer.
( Quando percebi que a gente tinha se perdido, que aquele trajeto, por uma estreita estrada, que só dava passagem para um carro, não levaria a lugar nenhum do roteiro pretendido, comecei a observar atentamente a vegetação em busca de algum sinal de povoado. Na verdade, o carro subia cada vez mais, enfrentando curvas e mais curvas, e não se avistava nada. E pensei que ninguém, numa viagem como a nossa, tinha feito uma subida daquelas. Lembrei-me de viagens, do Rio a Brasília, passando, no sertão mineiro, por Felixlândia, por João Pinheiro e Paracatu. Aquela região poderia ser comparada ao sertão ? Acho que não. A verdade é que não havia nenhuma casa por perto, só vegetação e mais nada. No entanto, a estrada íngreme e estreita, bem cuidada, por sinal, era um indicativo da existência de um povoado numa região. Não era a região dos alpes, apesar de próxima. Não havia sequer uma placa. Talvez por não ser uma área turística. Consultei os mapas e nenhuma luz ou orientação. Bem no alto, uma placa com indicações totalmente desconhecidas. Foi aí que avistei algumas pessoas.Ouvi conversa e gente andando e depois uma grande placa de anúncio. Quando é que eu poderia me imaginar numa estrada daquela, no meio do mato, longe da civilização.E na França ? Senti o gosto da aventura, naquela subida, mas fiquei melhor quando, finalmente, me vi, por inteira, na estrada normal em direção a Nice.)
O trajeto, então, foi muito rápido. A estrada era de alta velocidade. Havia pedágio. Assim, em pouco tempo estaríamos no litoral. Invadindo, com nossa emoção, a Riviera Francesa e seus lindos e pitorescos recantos. Já tinhamos até a indicação de onde ficaríamos por 3 noites: Villefrance sur Mer, arrondissement de Nice, capital do Departamento dos Alpes Maritimes(06), da Região da Côte d’Azur.Um amigo do Ary indicara esse recanto da Riviera.
Assim que chegamos à Nice, nosso primeiro contacto foi com a orla marítima, uma sofisticada orla marítima, a “Promenade des Anglais”. Só mesmo vendo para se acreditar como é. A gente, a esta altura, nem imaginava o que iria encontrar: Villefranche sur Mer, que é, sem dúvida alguma, “un avant goût de paradis” lembra um quadro de uma natureza que se renova constantemente. Foi um dos pontos altos da viagem a escolha desse paraíso, onde permanecemos por 2 noites, no hotel La Darse. Era um hotel simples e tivemos de subir 4 andares, carregando nossas pesadas malas. Mas valeu a pena. Nosso quarto ficava de frente para o mar, que se dimensionava azul e salpicado de embarcações. Um grande navio, branco, permaneceu à nossa frente por dois dias, um navio de turistas de outras partes do mundo.
Organizamos, então, excursões a serem feitas, nas proximidades. Fomos visitar Cap. Ferrat e jantamos em St. Jean de Cap. Ferrat, depois, é claro, de contornar, de carro, as duas cidades. Apreciamos muitas mansões, em áreas totalmente residenciais. Não se via uma viva alma pelas imediações
11.5.98: De Nice, resolvemos conhecer Mônaco. A cidade estava, por inteiro, nos preparativos da corrida de Fórmula Um, que se realizaria brevemente. Mas, mesmo assim, conhecemos o Cassino e as praças principais, com seus cafés e ambientes floridos. Nesse mesmo dia, fomos a Menton, que é o término da estrada dos Grandes Alpes, que se inicia em Thonon-Les-Bains, no Lago Leman, na parte francesa. Uma breve parada na orla marítima. Não tinha a opulência de Nice. Ainda tivemos tempo para conhecer, na orla italiana, Ventimiglia e San Remo. Em San Remo observamos praias com cabines particulares.
12.5.98: Saída pela manhã de Nice. Despedimos da cidade com pesar. Resolvemos dar uma esticada até St. Tropez. Conhecemos Antibes, Juan-les-Pins, GolfeJuan e São Rafael. Cada cidade, por que passamos e paramos para fotos e filmagens, apresentava uma característica singular, própria, diferiam uma das outras. Em todas elas, porém, havia animação , flores e muita vida nas ruas e um comércio bem sofisticado.
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