quarta-feira, 21 de março de 2012


VIAGEM À EUROPA: 1998 ( De 04.05.98 a 06.06.98) - ALPES - 2ª. Parte
( Elsa Caravana Guelman e Izidoro Soler Guelman, Leila de Fátima Caravana Ávila e Ary Lima Filho).


4.5.98: À tarde, chegamos a Interlaken e pernoitamos, por duas noites, no Hotel Crystal. De imediato, nos sentimos cercados pelas montanhas suíças que, no dia seguinte, nos levariam, numa viagem de trem, até Kleine Scheideg para conhecer, de perto, o resto de neve que ainda cobria a região da Jungfraujoch, uma das três montanhas da região.
À noite, jantamos na rua do hotel num restaurante que servia comida italiana. Não havia animação pelas ruas. Em razão disso, voltamos logo para o hotel. Os quartos eram bons, grandes, com poltronas aconchegantes. Este hotel agradou, de imediato, ao Ary, que foi, decididamente, quem o escolheu.
5.5.98: Interlaken: JUNGFRAUJOCH
Assim que amanheceu, surgiu um convidativo sol. Resolvemos logo o que queríamos e iríamos fazer: uma viagem de trem a JUNGFRAUJOCH. Faltam palavras que possam descrever com exatidão e emoção o percurso do trem, que cortava uma paisagem alpina ainda salpicada de neve nas partes mais altas, ostentando a presença de casas de madeira rústicas por toda a montanha. Elas não faziam supor um alinhamento de rua. Não, pareciam que tinham sido jogadas por um artista na montanha, fugindo a toda simetria de urbanizacão, ainda que não ficassem distantes umas das outras. A via férrea faz dois itinerários, parando em duas estações da montanha Pode-se subir por Lauterbrunnen e retornar por Grindelwald. Foi o que fizemos.
Quando o trem parou em LAUTERBRUNNEN, permanecemos no seu interior, admirando a vista local em meio aos apitos da locomotiva. Em pouco o trem seguiu para KLEINE SCHEIDEGG, onde terminamos o nosso percurso. Havia ainda muito gelo pelos arredores e no chão onde pisávamos. A fotografia, que nos levou até lá, exibia uma visão campestre e bucólica, de verão, onde tudo era verde e não existia gelo; no morro principal, bem atrás da estação, os turistas se confundiam com as vacas, num ambiente tranquilo. Agora, havia gelo ainda. É assim o minúsculo povoado de Kleine, com poucas construções alpinas, concentradas perto da estação do trem, que recebe, diariamente, uma multidão de turistas buscando os trens que se destinam a outros povoados na montanha.

(Posso aqui dizer que realizei um dos desejos de minha vida: ir a Kline Scheidegg, descer do trem e me envolver na mesma ambiência da fotografia que guardo em minha casa, no escritório, na estante entre os livros de viagens .Só a estação difere, pois na foto há muito sol, prenúncio do calor do verão e na visita local há ainda restos do inverno, bastante neve que se acumulou nas pastagens, cobrindo o verde da grama, sem as vacas da foto. Mas, mesmo assim, valeu a viagem. Fiquei com duas visões, uma de sonho e outra do real. E, nas duas visões, a minúscula Kline Scheidegg é deveras deslumbrante, um verdadeiro cartão postal, emoldurada pelos três montes no alto da montanha como se fossem três castelos silenciosos)

O mais importante e conhecido passeio da região é feito ao monte JUNGFRAU ( a Virgem), que, juntamente com EIGER e MONCH, formam uma cadeia de gelo eterno. Seu cume glaciar atinge 4.166 m. De Kleine avista-se a complexa montanha. Chega-se a ela através de uma via férrea das mais ousadas, num trem especial, pois foi construída no subterrâneo da rocha, em 1912. É, não só uma estação para a prática de esportes de inverno, com estrutura turística de bares e restaurantes, mas também uma estação internacional de buscas científicas com laboratórios de pesquisas. Comporta ainda muitos trabalhos de artistas internacionais, que exibem estatuas de gelo, em constantes exposições.
Aproveitamos a parada em GRINDELWALD e saltamos para uma visita a um grande povoado com ares de cidade pelo seu traçado urbano. Almoçamos tarde. Bem diferente de Kleine, não era minúscula, com várias ruas e diversas construções tipicamente suíças, o que não dá para, de um lance só, avistar tudo, contê-lo e aprisioná-lo em nossa emoção. As fotografias que tiramos e a filmagem feita nos deram oportunidade de guardar o alpino colorido de tão agradáveis recantos.
À noite, em INTERLAKEN, visitamos o Cassino. Nada que merecesse nossa atenção. Um prédio grande, bem no estilo das construções da cidade. Interlaken é conhecida como cidade dormitório de turistas americanos e japoneses que se destinam ao monte JUNGFRAU todo ano. Entre os lagos Brienzersee e Thunersee, a cidade, se não tem a imponência dos grandes centros em seu comércio e construções, também não apresenta as características bucólicas e rústicas da montanha, que ostenta atrás de si. Funciona como ponto de partida e retorno das excursões para Jungfraujoch ou para Schilthorn. Existem duas estações ferroviárias: Interlaken-West (Ouest) e Interlaken-Ost(Est). A rua principal se chama Höheweg e liga as duas estações ferroviárias.
6.5.98: Saída de Interlaken por Spiez com destino à Aosta.

Foto de INTERLAKEN (Suíça) : semescalas.com
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