( Elsa Caravana Guelman e Izidoro Soler Guelman, Leila de Fátima Caravana Àvila e Ary Lima).
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A idéia da viagem surgiu de repente. Era uma tarde de domingo, após o almoço. Estávamos os quatro: Ary, Leila, eu e Izidoro na sala. Coube ao Ary fazer o convite: ele queria saber se gostaríamos de viajar com eles, uma viagem de um mês, de carro, com ele dirigindo e passando por lugares bonitos, inesquecíveis que já conhecia, talvez na Alemanha ou na Suiça. A idéia foi muito bem aceita. Nosso plano era conhecer Nice, ir a Amsterdam e terminar a viagem em Paris, onde o carro seria entregue à agência promotora da viagem. Mas, para isso tudo, para essa grande viagem, só dispúnhamos de 30 dias. O esqueleto do roteiro era aparentemente simples: Amsterdam, Paris, Nice. Como conciliar ? Por onde começar ? Resolvemos, em razão dos interesses do Ary, deixar Amsterdam para o final. Mas, para chegar até Nice, no litoral, na famosa Riviera francesa, havia muito chão pela frente. Escrevi cartas e mais cartas às organizações turísticas francesas, cujas respostas foram elucidativas e rapidíssimas. Em pouco tempo, já se tinha uma noção razoável do percurso que se pretendia. Uma primeira idéia seria partir do Lac LÉMAN à la MÉDITERRANÉE percorrendo a “Route des Grandes Alpes”, que foi aberta em 1910 pelo Touring Club de France, numa extensão de 684 km. A estrada dos Grandes Alpes tinha início em Thonon-les-Bains, no lago Léman, e terminaria em Menton, na Riviera, seguindo para Nice. A revista dos Alpes ainda sugeriu 3 desvios da rota principal: um para o lago Annecy (H.Savoie), o segundo para o vale de Romanche ( Isère) e o terceiro para Embrun e o lago de Serre-Ponçon (H.Alpes). Decidimos, entretanto, que, do Lago Léman, iríamos à Suiça para conhecer os Alpes Suiços. E, em lugar de retornar ao Lago Léman, para iniciar a rota dos Grandes Alpes, em Thonon, pegaríamos a estrada dos Grandes Alpes, após Chamonix, passando por Megève e Flumet, onde pernoitaríamos. Assim, na saída dos Alpes Suiços, atravessaríamos a “Route du Col du Grand-Saint-Bernard” em direção à AOSTA, na Itália. Viajaríamos, a seguir, pelo Tunel do Grande São Bernardo, que liga a Itália a Chamonix, já que a estrada do Grande São Bernardo, em maio, estaria fechada ao turismo por causa da neve. No dia da viagem, sabíamos que muitas outras improvisações seriam possíveis, ainda mais que não tínhamos reservas em hotéis para o percurso. Haveria, então, muita liberdade de escolha quanto aos lugares e quanto aos hotéis. Foram reservados apenas os hotéis de Genebra e de Paris. Os demais ficaram ao nosso gosto pessoal e ao sabor da emoçào momentânea. De Nice a Amsterdam seria o nosso primeiro retorno do litoral francês para o norte da Europa; o segundo seria de Amsterdam a Paris. Não retornaríamos pela estrada dos Grandes Alpes, que, a essa altura dos acontecimentos, já seria nossa conhecida. Buscaríamos novidades. Foi escolhida a estrada de Napoleão (N 85), nos “prèalpes”, inaugurada em 1932, isto é, a estrada que reconstituia o trajeto seguido por Napoleão, em seu retorno da ilha de Elba, do desembarque do Golfe-Juan até Grenoble, de 1 de março a 7 de março de 1815 (“Jusqu’à Grenoble j’étais aventurier, à Grenoble j’étais prince”). Para nós ela começaria em terra, em Cannes. Deixando a estrada de Napoleão, iríamos a Annecy. O resto seria improvisado nessa volta até Amsterdam. A viagem será assim esquematizada para que se possa ter uma idéia imediata do que se viu, viabilizando-a cronologicamente bem, assim espero. 2.5.98: Rio/Paris/Genebra: AIR FRANCE. 3.5.98: SUIÇA: GENEBRA: A posse do carro Peugeot foi em pleno aeroporto, já na parte suíça, em Genebra. Em seguida, rumamos para o hotel que fora reservado pela agência no Rio: Hotel Savoy para 1 noite. O hotel ficava na Place de Cornavin, 8. nas proximidades da rua de Lausanne, próximo à estação ferroviária (Gare Cornavin para tréns da Suiça e da França) e a 5 minutos do Lago de Genebra, Nosso quarto dava para a Igreja de Notre Dame. Ficamos apenas no centro, onde almoçamos. Após uma caminhada breve, visitamos o Lago e vimos os prédios, ostentando bandeiras que, ao sabor das ondas do vento, num bailado, coloriam o ambiente. O Palácio das Nações Unidas fica na Av. de la Paix, 14. À noite, optou-se por um passeio, contornando o Lago Léman Ao cruzar a fronteira suiça fomos interpelados por um policial, um gendarme. Uma rápida fiscalização foi procedida. Percorremos, então, somente a estrada, passando pelos arredores de THONON-LES-BAINS e ÉVIAN, sem entrar nas cidades, deixando para conhecer seus recursos turísticos em outra viagem. 4.5.98: Em direção a GRUYÈRES: Primeiramente, paramos em Coppet, uma pequena e pacata cidade suiça. Numa das livrarias vimos um livro, edição Larousse, com uma foto de Ronaldinho na capa, em edição francesa. A seguir, na estrada, observamos uma profusão de cores em jardins primorosamente arquitetados. Não poderíamos parar muito, pois tínhamos um vasto programa a ser cumprido num tempo limitado. A viagem em direção a Gruyères, um encanto para nossos olhos ávidos de paisagem suiça, finalmente, foi muito bonita, não só pela vista como pelas novidades que o percurso ensejou na busca de um caminho mais rápido pela estrada regional. Num desvio, por exemplo, não se observando bem as setas indicativas, percorremos, por algum tempo, um caminho bastante íngreme e destinado a bicicletas. Bem no alto, paramos num patamar onde existiam algumas casas e um dos moradores nos deu novas informações sobre a rota turística a ser mantida. Voltamos e, na estrada regional, fizemos a direção contrária. Chegamos a Bulle, mas nosso objetivo era Gruyère, onde almoçamos e filmamos a rua. Um sóbrio castelo antigo, bem no alto, emoldurava a paisagem medieval de apenas uma única rua com suas casas típicas , lojas e restaurantes. O dia não estava bonito e, assim, as fotografias, sem os reflexos do sol, mostravam uma paisagem esmaecida. Almoçamos pratos típicos: fondue e raclete. A moça que nos serviu era portuguesa, o que foi bom porque assim ela nos orientou sobre os pratos escolhidos. Na estrada, em direção a Interlaken, atravessamos Chateau D’Oex, Les Moulins e Rossinière. O interessante é o fato de a estrada, estreita, localizar-se dentro da cidade. Quando a gente a percorre, de um lado e de outro, as rústicas casas suiças, com seus telhados de madeira, fecham-na como um chapéu de sol ( ou um guarda-chuva). Não tenho comparação melhor para retratar a nossa passagem ligeira por entre as casas. Les Moullins é a mais característica sob esse aspecto. A região de Rosinière e Les Moulins foi cenário de um filme, “Os tesouros da Neve”, com cenas extraordinárias de sua vegetação.
CONTINUA.
Curtir · · Seguir (desfazer) publicação · Compartilhar · Editar · há 10 horas Leila Caravana, Alice Dias da Silva e outras 2 pessoas curtiram isso.
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· Elsa Caravana Guelman LES MOULINS - Suíça - http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=pt-BR&biw=1067&bih=479&tbm=isch&tbnid=Jr0MdTcJb5xzXM%3A&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.localpropertyindex.com%2FSearch%2FForSale%2FAll%2BProperties%2Fchateau%2Bd%27oex&docid=ec7h8T...Ver mais Aviso de redirecionamento www.google.com.br há 9 horas · Curtir ·
Elsa Caravana Guelman ROSSINIÈRE - Suiça - http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=pt-BR&biw=1067&bih=479&tbm=isch&tbnid=oPAo7Rz0Ox6u9M%3A&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.brodyaga.com%2Fpages%2Fviewlarge.php%3Fid%3D22361%26cty%3DRossiniere%26place%3DSwitzerland%...Ver mais Aviso de redirecionamento www.google.com.br há 9 horas · Curtir ·
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